BIOMA GAÚCHO


Bugio
Os bugios são os primatas mais comuns no Rio Grande do Sul.


Vivem em pequenos grupos chefiados por um macho adulto. A fêmea dá a luz a um ou dois filhotes que andam agarrados às suas costas enquanto pequenos. A cor da pelagem varia de acordo com o sexo e idade, sendo que os machos adultos apresentam coloração entre o marrom-escuro e o vermelho e as fêmeas entre o preto e marrom-avermelhado.

 

 Possuem pêlos mais compridos nos lados da cara e um osso grande na garganta chamado Hióide. O desenvolvimento deste osso, que funciona como uma caixa de ressonância, permite aos bugios emitirem vozes roucas e fortes que podem ser ouvidas a quilômetros de distância.
Alimentam-se de folhas, frutos, sementes e até de pequenos animais que conseguem capturar. Apreciam muito o pinhão, semente da araucária.



No Centro de Interpretação Ambiental Loboguará existe um bugio taxidermizado em exposição. Ele foi encontrado nas proximidades do Parque.
Nome popular: Bugio
Nome científico: Alouatta fusca
Família: Cebidae











PÁSSAROS DA NOSSA FAUNA





AZULÃO



É um pássaro de tamanho avantajado de cor azul turquesa metalizado, com pernas e bico negros. Mede de 15 a 16 cm incluindo a cauda. A cabeça, nuca, dorso e retrizes são de um azul um pouco violáceo. A fêmea, menor que o macho é marrom e os machos quando novos também. Em seu habitat natural costuma-se alimentar com arroz. O macho, territorialista impede a aproximação de outros pássaros. Seu canto é alto, sonoro e prolongado embora variado. A espécie esta pode ser encontrada nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul. Nome científico: Passerina brissonii.


O período de criação ocorre entre a Primavera e Verão. Este pássaro atinge sua maturidade sexual aos 10 meses de idade. Bota de 2 a 3 ovos por postura que podem ocorrer até 4 vezes ao ano. Com 13 dias de incubação os filhotes nascem e aos 40 dias de vida já podem ser separados da mãe. Os pássaros apresentam-se pardos quando jovens, e posteriormente na primeira muda de pena ganham a coloração que os nomeia. Para as fêmeas com filhotes deve-se servir até 25 larvas de tenebrio por dia para auxiliar no trato dos filhotes.


Alimenta-se de grande variedade de sementes entre elas: alpiste, painço, arroz cateto, aveia em casca, nabão, girassol, painço preto, painço verde, painço vermelho e senha.





CARDEAL                                   

Muito conhecido por possuir um topete avermelhado, os cardeais são territorialistas no período de reprodução e, assim como a maioria dos pássaros canoros, formam bandos na época de muda. Pássaro de porte médio, medindo 18cm de comprimento, pode ser visto no estado do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, habitando bordas de arrozais, campos com vegetação alta e bordas de matas.
 
Nome científico: Paroaria coronota.

 O período de reprodução engloba a primavera e verão onde a fêmea realiza até 4 posturas com 3 ovos em média a cada postura. Depois de um período de 13 dias, os filhotes nascem podendo ser separados da mae com 40 dias de vida. Deve-se disponibilizar larvas de tenebrio para complementação no trato dos filhotes. Com 1 ano o pássaro já está apto para a reprodução.

 Alimenta-se basicamente de mistura de sementes com alpiste, painço nacional, arroz cateto e girassol.

  

PINTASSILGO


 



Pássaro de pequeno porte, medindo 11,5 cm. Habita matas secundárias secundária árvores em plantações e quintais, pinhais, cerrado. Nidifica tanto nas copas das araucárias mais altas como em cafeeiros. Sua coloração divide-se em: cabeça preta e peito amarelo. A fêmea entretanto é esverdeada.
Esta espécie está espalhada por diversos países: Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador, Costa Rica e Panamá.
 
É uma ave muito cantora e possui em seu canto a chamada "corridinha".Com seu gorjear fino bastante variado,apresenta estrofes longas e muitas vezes imita outros pássaros.

Primavera e verão. De 2 a 4 posturas por temporada onde são postos até 3 ovos chocados por 13 dias. Com 40 dias de vida já podem ser separados da mãe. Aos 10 meses já estão aptos para a reprodução.

No cruzamento com o canário do reino obtemos o pintagol. Sua alimentação é feita basicamente de niger misturado a alpiste, perila e colza.




 
SABIÁ- LARANJEIRA      

 

O sabiá é um pássaro muito comum no Brasil. Existem aqui 11 espécies diferentes, entre elas: sabiá laranjeira, sabiá parda, sabiá branca ou cinzenta, sabiá da mata, sabiá baiana ou pardão, sabiá do Rio Negro e sabiá da Lapa.
Além dessas espécies são parentes da sabiá o sabiá una, que pertencem à mesma espécie, porém não ao mesmo gênero. Vive na mata, parques e quintais, e até dentro do centro de cidades quando há alguma arborização.
 
Em regiões mais secas, sempre a beira de rios e de lagoas.
Possui 25 cm de compriemnto e um peso médio de 75 gramas.
Nome Científico: Turdus rufiventris.


O período de criação vai da primavera ao verão. Botam de 2 a 3 ovos a cada postura que ocorrem 3 vezes ao ano. Os ovos são chocados por 14 dias e o filhote pode ser separado dos pais aos 35 dias. Estão aptos a reprodução com um ano.

 O canto deve ser flauteado, semelhante a uma flauta doce; a altura do canto deve ser média, agradável, nem muito alta, nem muito baixa; deve repetir o canto pelo menos duas vezes seguidas; a melodia, com notas de altura e timbre constantes; o andamento, um canto sem cortes (completo); e os itens mais importantes, um canto com notas variadas e em quantidade. Um dos cantos mais apreciados é o "Piedade" (piedade-sinhô/ piedade/tem-dó-de-nós/piedade-sinhô...), de Minas Gerais.
 
 

TICO- TICO                   

 

Encontrado em diversas regiões do país, em especial em plantações e jardins. É abundante em regiões de clima temperado, como nas montanhas do sudeste. Freqüentemente o ninho do Tico-tico é parasitado pelo Chopim (Molothrus bonariensis), que põe seus ovos para serem incubados e os filhotes criados pela fêmea de Tico-tico. É um dos pássaros mais conhecidos e estimados de todo Brasil. Apresenta um canto noturno bem diferente do diurno. Melodia de 4 a 5 assobios claros e bem pronunciados; o fraseado e o timbre do canto variam conforme a população e a região.
 
Nome Científico: Zonotrichia capensis.

 O período de criação vai da primavera ao verão. Botam de 2 a 3 ovos a cada postura que chegam a 4 ao ano. Os ovos são chocados por 14 dias e o filhote pode ser separado dos pais aos 35 dias. Estão aptos a reprodução com um ano

 

CARDEAL AMARELO

 

 

 

·         Nome Científico: Gubernatrix cristata.

·         Nome Comum: Cardeal-Amarelo.

·         Distribuição: Ocorre da Argentina e Uruguai ao sul do
Rio Grande do Sul.

·         Habitat: Campo sujo; anda no solo à procura de alimento.

·         Características: 19,2cm de comprimento.

Pássaro de extraordinária beleza física e sonora.
Os cardeais são territorialistas no período de reprodução e, assim como a maioria dos pássaros canoros, formam bandos na época de muda.



CANÁRIO



Classificação: Ordem Passeriformes, Família Emberizidae, Subfamília Emberizinae
Tamanho médio: 15cm


 
 
Existem dezenas de espécies de canário no mundo inteiro com tamanho , cores e um jeito especial de "cantar".
O canário mais popular no país (originário das Ilhas Canárias, criado em cativeiro há mais de 500 anos) divide-se em: porte, canto e cor. Lizard, Border Fancy, Frizados, Yorkshire, Norwich e Scots Fancy são algumas das espécies de porte, ou seja, são julgados de acordo com certos padrões de plumagem e "postura" (a forma como se colocam no poleiro). Os canários de canto englobam o Harz Roller (única espécie criada no Brasil), Timbrado Espanhol e o Malinois e sua criação é considerada a mais difícil de realizar pelos experts. Um bom canário cantor necessita de cuidados especiais não apenas na criação como na manutenção diária. Ele precisa, por exemplo, permanecer em locais silenciosos, pois fica perturbado com ruídos fortes.

Os mais populares são, todavia, os canários de cor. São fáceis de criar e extremamente "sedutores" perante os criadores (em especial os iniciantes), devido à riqueza de sua plumagem. O canário amarelo é o mais comum, enquanto os vários tons de vermelho estão entre os mais procurados, como o vermelho intenso e o vermelho nevado. Nesta categoria incluem-se cerca de 168 cores, boa parte delas resultante de cruzamentos.

RESPEITO COM O RELÓGIO BIOLÓGICO


O acasalamento se dá entre os meses de junho e dezembro e a reprodução inicia-se de 8 a 12 meses de idade. Você deve comprar um ninho de corda (desses que vendem nas lojas de aves) e deixar o casal junto ou somente ajudar, fornecendo fios de estopa e deixar que a fêmea, com a ajuda do macho, faça o resto.
A fêmea bota, em média, de quatro a cinco ovos. O período de incubação dura 13 dias. A fêmea começa a chocar a partir da postura do segundo ovo e continua a botar, provavelmente, mais dois ovos. Se você deixar ela incubá-los naturalmente, nascerá o filhote do primeiro ovo, em seguida o do segundo e por último (dois dias após o primeiro) os do terceiro e quarto dias juntos.

  

EMA

 Rhea americana  


Classificação: Ordem Reiformes, família Reidae

Nome em inglês: greater Rhea
Tamanho: 134-170cm
Peso: 34,4Kb (macho) 32Kg (fêmea)





Vive nos campos limpos e cerrados, em grupos de até 20 indivíduos. Diurna, não voa, é ótima corredora e atinge até 60 km/h. Alimenta-se de tudo que encontra. Na época da reprodução, o macho reúne diversas fêmeas e prepara o ninho numa concavidade rasa, feita no chão, na qual a fêmea faz postura. O macho incuba(choca) os ovos, mas não todos. Os ovos que ficam fora servem de alimento. Depois do nascimento dos filhotes é o pai que se encarrega dos cuidados.

GAVIÃO-BELO
( vovô, gavião-lavadeira)



Busarellus nigricollis



Classificação: Ordem Falconiformes, família Accipitridae
Nome em inglês: great black hawk
Tamanho: 51cm
Voz: um tossir bissilábico, "hä-ää", lembrando um anu-coroa ou jacu; assobios nasais.


Possui asas longas e largas; a cauda é muito curta. Pesca, come também insetos e moluscos. Vive junto a pântanos, banhados, campos inundados. Pesca com seus poderosos dedos com a face plantar espiguilhada sendo provido de unhas longas e recurvas, próprias para segurar peixes, lembrando Pandion, come também insetos e moluscos aquáticos.

Ocorre do México à Argentina e também em quase todo o Brasil.


Atualmente, já se extinguiu na região sudeste.

 

PAPAGAIO-VERDADEIRO
(Louro, Papagaio comum)



Amazona aestiva


Classificação: Ordem Psittaciformes, Família Psittacidae
Comprimento:
85 cm
Voz: "KriK-Kiakrik-krik-krik"; "kréo" (bem típico) ; "rak-áu" (voando); canto melodioso, p. ex. "drüo druo-druo-druo drüo drrüi dü"; pedinchar do filhote "ga,ga,ga,ga", lembrando a pega, Pica pica (Corvidae), do Hemisfério setentrional
Peso: 400g

Canto do Papagaio Verdadeiro (946K)

Vive nas matas úmidas e secas, palmeirais e beiras de rios. Tem fama de falador. Ocorre do Nordeste, Brasil Central, ao Rio Grande do Sul, Paraguai, norte da Argentina e Bolívia.

 

 
SOCÓ-GRANDE
(maguari, garça-cinza, baguari, joão-grande)


 Ardea cocoi
 Classificação: Ordem Ciconiformes, família Ardeidae
Nome em inglês: goliath heron
Tamanho: 125cm - envergadura: 180cm
Peso: 3,2Kg
Voz: fortíssimo "rrab (rrab rrab)", baixo profundo.


Vive solitário, só procurando companhia na época da reprodução. Alimenta-se de peixes, crustáceos e moluscos.
Faz ninhos em árvores altas, perto da água. Ocorre do Panamá ao Chile e Argentina, e em todo o Brasil.

TUCANO
(tucanuçu, tucano-boi (RS))



Ramphastos toco


Classificação: Ordem Piciformes, família Ramphastidae
Nome em inglês: toco toucan
Tamanho: 56 cm
Peso: 540g




Alcançado até 55 cm, é o maior tucano brasileiro. Vive em pequenos grupos e freqüentemente é visto aos pares. Alimenta-se de frutos, insetos, pequenos mamíferos e filhotes de aves que retiram dos ninhos. Ocorre no Paraguai, Bolívia e Argentina.

SABIÁ-DA-PRAIA
(Sabiá-de-restinga, sabiá-do-piri)



Mimus gilvus

Classificação: Ordem Passeriformes, Família Mimidae
Nome em inglês: tropical mockingbird
Tamanho: 26 cm

Parece com os sabiás, porém pertence a outra família zoológica. Vive no Brasil oriental, restrito ao litoral arenoso salino, de vegetação esparsa, rica em cáctus, em cujo acúleos costuma poussar. Ocorre do México às Guianas e ao litoral brasileiro até o Rio de Janeiro; também nos campos do alto rio Branco.

 

 

 

MARACANÃ ou PERIQUITÃO
(jandaia-de-cabeça-azul, periquito-de-pé-rosa)



Aratinga acuticaudata

Classificação: Ordem Psittaciformes, família Psittacidae
Nome em inglês: blue-crowned conure
Tamanho: 33cm
Voz: crocitante e baixa


Habita os campos com árvores esparsas, caatinga, buritizais (Bahia). Ocorre da Venezuela à Bolívia, Paraguai e Argentina; abundante no norte da Bahia; no Pantanal mato-gossense ao lado de Nandayus.




CHARÃO
(chorão, papagaio-da-serra,papagaio serrano)



Amanoza pretei


Classificação: Ordem Psittaciformes, Família Psittacidae

Nome em Inglês: Red-spectaled amazon
Tamanho: 32,5 cm
Espécie ameaçada de extinção


Alimenta-se preferenciavelmente das sementes da conífera pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). O amadurecimento dos pinhões deste pinheiro estende-se por boa parte do ano, garantido-lhe alimento por muitos meses. Outra fonte importante de sua alimentação é o fruto do pinho-bravo (Podocarpus sp.), que amadurece antes do pinhão, no começo do ano (janeiro e fevereiro).

 

Beija-flor


Classificação: Ordem Apodiformes Família Trochilidae
Nome em inglês: hummingbird
Tamanho: 6,8cm (Topetinho-Vermelho, Lophornis magnifica) a 20cm (Beija-Flor-Bico-de-Fogo, Topaza pella)
Cerca de 78 espécies no Brasil

A base da alimentação é o açúcar. Às vezes, o beija-flor chega a chupar 73% do seu peso em mel. Alguns chegam a ingerir até quase trinta vezes o seu peso em alimento (Ruschi 1986).

 

 

 Bem-te-vizinho - Myiozetetes similis



O Bem-te-vizinho é uma ave pequena, com pouco mais de 15 centímetros, que ocorre em grande parte do Brasil, em alguns países vizinhos da América do Sul e também na América Central. Os indivíduos que ocorrem em regiões com clima mais severo (Brasil meridional e países do sul) podem realizar movimentos de migração para regiões mais quentes nas épocas de inverno.
Parte de seu nome científico (similis) significa similaridade e é alusivo à grande semelhança das cores de sua plumagem   com as do Bem-te-vi (Pitangus suiphuratus) e outras espécies bastante parecidas da família Tyrannidae, à qual pertence o Bem-te-vizinho.

 O padrão geral da coloração da plumagem é o seguinte: lado inferior amarelo com a garganta branca, dorso e asas marrom-esverdeados; acima dos olhos possui uma evidente faixa branca que se estende desde o bico até a nuca, onde é interrompida; bico e olhos negros. Com esse padrão de plumagem, o Bem-te-vizinho poderia ser considerado uma miniatura do Bem-te-vi, mas as semelhanças terminam por aí. 

O Bem-te-vizinho, que também é chamado de Bem-te-vizinho-topete-vermelho, em virtude da existência de um pequeno topete vermelho visto quando se olha a ave por cima, possui características ecológicas muito distintas. Ocorre aos pares ou em pequenos grupos familiares, que são muito barulhentos. Em termos de ambiente, prefere matas ou capoeiras mais conservadas, quase sempre próximo a algum curso d'água. Não se adapta muito às regiões campestres ou cidades pouco arborizadas. Na época da reprodução constrói um ninho de capim que écolocado em uma forquilha. As vezes o ninho fica localizado em galhos sobre a água ou próximo a colmeias e formigueiros, garantindo, assim, uma proteção extra contra predadores. A fêmea põe de dois a três ovos que são esbranquiçados com pequenas pintas marrons. Alimenta-se de insetos capturados durante pequenos vôos, e de pequenas frutas.

 

 


 

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